Encontro foi uma oportunidade única para refletir sobre a importância da mulher, as minorias e o papel da sociedade na luta pela igualdade.
Palco de debates inéditos, o Mês da Mulher AASP finalizou seu ciclo de eventos com a palestra “Mulher e o Direito” nesta quarta-feira (27/3).
Realizado na Unidade Jardim Paulista, o debate teve a exposição das especialistas Eunice Prudente e Juliana Izar Soares da Fonseca Segalla, com a mediação e coordenação de Regis Fernandes de Oliveira. Também esteve presente a Conselheira da Associação Patrícia Anastácio.
A Advogada Juliana Izar Soares da Fonseca Segalla trouxe ao público uma importante reflexão sobre a realidade das mulheres com deficiência. Em suas palavras, “as mulheres com deficiência são maioria entre a população com deficiência. E, dentre essa maioria, a maioria são mulheres negras”. A palestrante chamou a atenção para essa interseccionalidade, que é fundamental para entendermos o cenário atual.
Segalla também fala sobre o capacitismo, que é o preconceito em relação à pessoa com deficiência. “Da mesma forma que o machismo e o racismo são estruturais na nossa sociedade, o capacitismo também é. Isso significa que ele molda a forma de pensar e nos faz ter vieses inconscientes quando estamos diante de alguém com deficiência”.
Na sequência, a Professora Eunice Prudente apresenta os seus pontos a respeito do racismo, a mulher e o Direito, destacando a importância da luta pelo Estado Democrático de Direito, com enfoque para a perseverança das mulheres. Conforme dados do IBGE, a painelista discorreu: “Brasileiras recebem, em média, 79% dos salários masculinos e gastam quase dez horas a mais por semana em tarefas domésticas não remuneradas. Outro indicador importante que aponta para um quadro de grande desigualdade é o fato de o Brasil ser o 133º colocado no ranking de presença feminina no Parlamento, atrás de países como Bolívia e Senegal”.
Prudente também reforça a importância da política de dados abertos, a fim de tornar a população mais bem informada: “Eu só consigo entender questões graves sociais e que atingem toda a nossa sociedade a partir de informes científicos e dados. E a política de dados abertos só ocorre na democracia”.
O Mês da Mulher contou com 11 eventos gratuitos ao longo do mês março e cerca de 40 profissionais que trouxeram debates de muita relevância. A AASP agradece a todos os grandes nomes que contribuíram para as discussões, assim como todas as pessoas presentes nos eventos, seja no formato presencial, seja no formato on-line.
Em breve as palestras do Mês da Mulher estarão disponíveis para associadas e associados no AASPFlix.
Ano que vem tem mais!
A AASP
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